quarta-feira, 14 de julho de 2010

Expressão (texto resgatado do finado imaginário especialmente para as eleições)



Eu costumo me questionar, apesar de realmente não gostar de debater a política, sobre todas as coisas que vêm acontecendo principalmente no cenário político, brasileiro. Realmente não me interesso por politicagem gringa e se quiserem me chamar alienado, sou grato pela lembrança.
Uma coisa é de se pensar sobre tal questão, estamos vivendo uma período político conturbado, marcado por uma formação governista medíocre, e de uma esquerda de virilidade questionável. Observamos toda a dinâmica, todas as familiares falcatruas, corrupções, desentendimentos, e palhaçadas públicas, penso que isso sempre existiu, sempre irá existir e de fato é necessário e gostaria realmente que esse fosse o grande problema da gestão pública em nosso pais, pois de fato esse constitui-se como o menor deles. A parte receitas 
milionarias de um pais de dimensões continentais, que diga-se de passagem arranca de seus contribuintes uma fatia farta e sorridente de seu honrado suor, convivemos com uma politicaassistencialista débil e uma cultura massificada da contravenção.
Nossa política é necessariamente produto de nossa 
própria concepção de estado, que diga-se de passagem não existe a talvez uns 40 anos, talvez tenha morrido junto com a bala que talvez tenha sido a figura marco na representação de um estado forte. A própria evolução da noção de estado, construída sob as bases neoliberalistas, formalizou a noção de um estado mínimo, agregada ao regimento de que, deve-se contemplar a população por sua noção de identidade e liberdade de escolha. Bem, até ai nada de mais, mas como podemos observar mesmo sem muita pespicacia, uma grande virada de mesa aconteceu recentemente no cenário político nacional, sabe-se lá como, a lógicaneoliberalista, construiu-se como uma quimera, onde o valor da livre estada do cidadão metarmorfoseou numa noção deturpada que se apropria das mais toscas idéias acerca do corporativismo e sindicalismo, adiciona-se ai uma pitada de ausência de políticos fortes, temos exatamente a motivação nacional, baderna.
O que se poderia imaginar sobre um povo que, aparte aos próprios direitos, declama manifestações pura e simplesmente por deboche, pois é isso que de fato acontece, estou 
exatamente reduzindo a perspectiva para o lugar onde vivo, que ultimamente vem sendo agraciado de inúmeras fanfarras sindicalistas e corporativistas das mais variadas estirpes, motivados provavelmente pela coleçãooutono inverno, estão provocando o caos, sob a bandeira da defesa dos direitos trabalhistas na maioria dos casos dentro da ilegalidade. Não existe controle, já que cabe ao governo intervir, tanto de maneira administrativa como coercitiva, mas não podemos deixar de lembrar que não existe um governo, e também não se pode perder de vista o corporativismo, logo ocorrem movimentos, pois o governo não exerce função, que não são coibidos pois os poderes, corporativistas diga-se de passagem, regem a seus próprios interesses, sendo eles prejudicados tanto pela falta de atitude do governo como pela descrença da população, então tudo deixa de funcionar, pois se pensarmos em uma visão mais sistêmica, é assim mesmo.

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